segunda-feira, 13 de agosto de 2012

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Tecnologia na sala de aula

                                                                                  




Ao ler a expressão: ‘Tecnologia em sala de aula’ qual imagem que passa por sua cabeça? Uma sala cheia de computadores? Lousas digitais? O que você visualiza?
Mas afinal, o que é tecnologia?  Você saberia explicar?
“Tecnologia (do grego τεχνη — “ofício” e λογια — “estudo”) é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e (ou) utilizados a partir de tal conhecimento…”
“Conjunto de ideias, conhecimentos e métodos para construir algo de forma racional; aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral; maquinário sofisticado.”
“Tem o objetivo de eliminar as tarefas repetitivas, facilitando o trabalho e tornando-o mais eficiente, aumentando a produtividade e os benefícios.”
Observando as definições acima, podemos afirmar então que o bom e velho livro didático também é uma tecnologia? E a lousa clássica (com giz e apagador)? Ou o próprio lápis…Você ainda imagina apenas as citadas no início do texto?
Vi uma frase interessante em um slide share sobre tecnologias, do passado, do presente e do futuro onde dizia: “Todas as eras foram, portanto, cada uma à sua maneira, eras tecnológicas (KENSKI, 2004) ” Essa frase fez-me recordar de  um projeto de uma escola,  onde construíram um túnel com tecnologias de diversas épocas e à medida que você ia andando visualizava a evolução de algumas máquinas como as da escrita (máquina de escrever e computador por exemplo). Achei muito interessante a ideia.
#Reflexão: Pensar e analisar a evolução da história da tecnologia é uma das formas de podermos refletir sobre a importância do uso consciente das diversas tecnologias que nos cercam?
Sugiro a leitura de alguns links sobre o assunto:
Fonte:  http://biosferams.org/2010/06/tecnologia-em-sala-de-aula/
 Texto1

 Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml


Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO  Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO  No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL  Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO  Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO  Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO  A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE
  Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA  Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA  Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.


Texto 2

Num mundo wiki, uma escola idem - Parte I


Num mundo wiki, uma escola idem - Parte I
Por Jaime Balbino
Data de Publicação: 15 de Janeiro de 2007
Daqueles que já visitaram a Wikipedia ou dela ouviram falar, muito poucos tem claro como é a sua estrutura de trabalho e o quanto ela é revolucionária. Reduzi-la ou somente compará-la a tantas outras enciclopédias existentes retira o que há de mais caro no seu modelo. Perde-se a perspectiva de compreender, reproduzir e reaplicar esta inovação. Neste ensaio pretendo ajudar a esclarecer um pouco mais desta importante ferramenta contemporânea, um fenômeno social raro que não deve ser ignorado por aqueles que pensam seriamente a educação.
Uma contribuição à liberdade
Dentre as ferramentas desenvolvidas pelas comunidades de software livre para viabilizar seu modelo colaborativo de desenvolvimento de códigos-fonte, encontra-se o wiki, um modelo de organização e gestão colaborativa de documentos criado por Ward Cunningham em 1994 e que é muito utilizado pela comunidade de software livre para a documentação de programas e criação de apostilas.
De uma idéia para auxiliar a criação de apostilas e manuais em grupo o modelo acabou sendo adotado por Jimmy Wales e Larry Sanger - que já tinham posto em prática a Nupedia um ousado projeto de enciclopédia on-line colaborativa. O sistema original utilizava editores especialistas em suas áreas para validar o conteúdo. Ao contrário deste sistema, o modelo wiki funcionava bem, mesmo não possuindo organização prévia ou controle contínuo dos membros.
Curiosamente, o wiki organiza e mantem a qualidade do conteúdo mesmo sendo composto por materiais dispersos, produzidos levianamente por pessoas com interesses comuns, mas sem qualquer organização prévia ou controle contínuo dos membros. O interesse inerente em qualquer grupo de preservar o conhecimento que os une e lhes dá identidade parece ser o suficiente para garantir a produção, manutenção e atualização do material.
(Uma coisa interessante aqui é que Jimmy e Larry, num ato espirituoso e nobre condizente com a cultura do software livre, não só incorporaram as idéias e o modelo wiki ao seu projeto, como também o renomearam, homenageando assim de maneira definitiva aqueles que vieram antes deles.)
A Wikipedia é uma experiência colaborativa radical. É difícil encontrar iniciativas semelhantes mesmo entre outros projetos de software livre: uma enciclopédia mundial em que qualquer pessoa pode não só ler seu conteúdo como modificá-lo, acrescentando, retirando, ligando outros documentos, reformatando, corrigindo e traduzindo seus verbetes. A fiscalização do trabalho é feita pelos próprios usuários, que podem atualizá-la com as últimas informações ou apagar informações erradas ou mentirosas que tenham sido incluídas por desinformados ou vândalos.
Um avançado controle de revisão (no estilo do CVS para desenvolvimento colaborativo de códigos) permite que todas as versões antigas dos textos possam ser lidas ou recuperadas. Discussões podem ser travadas no espaço apropriado de cada verbete, a estrutura simples de edição e formatação torna a criação fácil e prazerosa, mesmo para os não iniciados. Apesar disso tudo, o conceito é poderoso e difícil de ser assimilado por aqueles que ainda tem encucada a idéia de um "conhecimento central", definido e administrado por mestres de notório saber, designados de alguma maneira ritual e pela tradição para este nobre trabalho.
Ser autor de um texto livre, dinâmico e mutável contrasta com o modelo linear e "seguro" dos livros, programas de televisão e mesmo do hipertexto padrão daquelas webpages seguras, quase estáticas e sob responsabilidade de um editor ou jornalista. No entanto, a experiência da Wikipedia nos mostra que a confiabilidade do seu conteúdo é superior ao das melhores enciclopédias do mundo. A relação entre o número de verbetes que possui e os que de fato foram atingidos por vândalos é insignificante, além de plenamente reversível. Os danos causados por tais ataques não são nem um pouco relevantes e não há indicativos de que eles o sejam no futuro, simplesmente porque é impossível um movimento de negativação que consiga modificar um número significativo de verbetes, muito menos de forma permanente (um apresentador da televisão americana também tentou instigar sua grande audiência a fazer isto, sem sucesso).